Interação Esportiva

O Blog “Interação Esportiva” faz parte de uma pesquisa de comportamento, com o objetivo de identificar e conhecer a comunicação e a interação entre diversas modalidades esportivas.
Todo conhecimento e informação adquiridos serão utilizados no desenvolvimento de produtos voltados para o segmento esportivo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Barbosa: calma, paciência e persitência para vencer


Marcos Barbosa, começou a praticar judô aos 13 anos e, em busca de aprimoramento em seu aprendizado, mudou para o Jiu-Jitsu.Tornou-se,em 2007, campeão internacional master é professor e sócio-gerente da Barbosa Jiu-Jitsu MMA. O atleta pratica o Brazilian Jiu-Jitsu há mais de 15 anos e explica que tal modalidade do esporte foi adaptada, há alguns anos, para o vale-tudo. Trata-se de um estilo bem marcante e bem brasileiro.
Para Barbosa, a luta é um reflexo do nosso cotidiano: “Sempre que termino a aula, eu peço para as pessoas não faltarem, porque na aula o cara vem, passa por várias situações e aprende a ter calma, paciência, persistência e compreensão com o outro. A luta é um paralelo da vida e quando a pessoa tá na aula, ela esquece a vida lá fora e tira exemplo, dentro do tatame pra a vida dele”, explica.
O atleta, que sempre teve de correr atrás do que queria, com ajuda de professores e outros colaboradores, diz gostar de desafios. Diante de dificuldades ele se mantém calmo e não se desespera, pois sabe que é uma situação passageira.
Comenta que tudo o que aprendeu no esporte o ajuda a superar os desafios, como por exemplo, quando decidiu parar de competir e se tornar professor. Conseguiu superar essa dificuldade, por não precisar sair do ramo e continuar a fazer o que gosta, apenas mudou um pouco o foco. “O que me atrai mais nessa luta é a liberdade de se poder trabalhar. Essa liberdade te deixa criar várias situações e em competições você sempre vê novos movimentos”, comenta Barbosa.
O campeão internacional afirma que competição é dia a dia, compromisso e que a superação está associada a competição. Sua motivação para buscar novos desafios é não parar de dar aula. “Eu dou aula não somente porque eu preciso e sim porque gosto. Se eu desanimar não tem trabalho e a equipe inteira desmonta. Eu confio muito na força em que as pessoas têm, acreditando em algo mais, porque senão a gente não vai pra frente.
Seu modelo de sucesso é muito forte no sentido de enfrentar desafios, compartilhar sua técnica e treinar pessoas para vencer, tanto no esporte como na vida: “Pra mim é muito bom continuar na área. As pessoas procuram sempre quem está ganhando e muitos começaram a me procurar por eu estar vencendo nas competições. Se eu não tivesse me estruturado para dar aulas eu estaria perdido. Sempre tive bons professores e comecei a ver que eu também poderia ser um bom professor”.
Esse é o Marcos Barbosa, nosso campeão, orgulho de uma categoria esportiva de projeção internacional, mestre nas artes marciais e na vida, que nos ensina a enfrentar desafios e buscar nesse enfrentamento o que de melhor temos a oferecer, ganhando ou perdendo, não importa, mas o que importa é viver com dignidade e auto-confiança. Para finalizar e muito bem, o faixa-preta afirma: “Eu acredito muito em Deus e confio no que faço porque Ele está na minha frente e me abre as coisas”, conclui.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Urban Riders: desafios na vida e sobre duas rodas.


Capacete “coquinho”, luvas, caneleira, mochila e bicicleta com banco baixo equipada com freios a disco, são características de um urban rider, praticantes do Ciclismo Extremo Urbano, que abrange diversas modalidades, como Urban Assult, Downhill, Freeride, Trial, BMX e 4x.

Álvaro Perazzoli, praticante do Ciclismo Extremo, ganhou uma bicicleta aos 11 anos de idade e aos 16 já competia profissionalmente provas de ciclismo de rua. “Descobri o poder que a bicicleta tem de fazer você ampliar o seu mundo e conhecer outros lugares de forma independente”, contou Álvaro.

A liberdade, a falta de regras e o contato com a natureza foram os atrativos que o levaram a continuar a prática do Ciclismo Extremo. Para ele, a bike é mais do que um esporte, é um transporte, terapia, solução ambiental e estilo de vida: “corpo e máquina se tornam um só”, comenta.

Desafios, obstáculos e dificuldades fazem parte do esporte e também da vida pessoal dos praticantes da modalidade, porém, Álvaro nos conta que o maior desafio não é o obstáculo em si, e sim o medo de enfrentá-lo. “Acho que o primeiro passo para enfrentar qualquer obstáculo é se auto-avaliar. Você está preparado para superar isso (psicologicamente, fisicamente e habilmente)? Se sim, se joga, se não, o que falta para superá-lo? Treine isso até conseguir”, incentiva.

Manter-se nesse esporte financeira e socialmente foi um dos desafios que Álvaro enfrentou. Na época em que iniciou a prática, ele não tinha recursos financeiros para ter os equipamentos básicos e tal modalidade estava muito elitizada. Essas dificuldades levaram-no a ficar afastado do esporte e sem conseguir um patrocinador, porém, a vontade e o sonho de voltar a praticar incentivaram-no a criar, em 2003, uma comunidade, a Urban Riders (, com pessoas que tiveram a mesma dificuldade. ”A proposta do Urban Riders é ser uma comunidade de pessoas que gostam de bicicleta, seja qual for a sua modalidade, nível técnico, classe social e idade. É um veículo construído pelos próprios visitantes, seja no conteúdo e mesmo nas ações e eventos”, explica.

Em 2005, a comunidade tornou-se o site www.urbanriders.com.br que, atualmente, é um dos mais acessados e representativos desse segmento no Brasil e possui reconhecimento de atletas, mídias e entusiastas. Álvaro afirma que foi isso que o permitiu ir mais longe do que atleta e começasse a atuar diretamente no esporte como: organizar e cobrir eventos, produzir vídeos, ajudar no marketing e comunicação de empresas e até mesmo desenvolver e auxiliar na importação de produtos específicos para o esporte.

Plenitude e uma grande sensação de que vale a pena buscar algo que se quer é a sensação que Álvaro tem ao conseguir superar as dificuldades. “Se você não consegue vencer seus próprios limites, como conseguirá vencer o próximo?”, comenta. Para ele, o simples fato de estar vivo já é um grande motivo para querer cada vez mais desafios.