Interação Esportiva

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Polêmica sobre duas rodas


Na última sexta-feira, 29/04, o repórter da Jovem Pan, Bruno Vicari, postou em seu blog um texto criticando a Bicicletada. O texto se chama “Bicicletada: quando o ciclista se rebaixa” (link http://migre.me/4pSNS).

Para quem não conhece, a Bicicletada é um movimento em que ciclistas se juntam para reivindicar seu espaço nas ruas, normalmente, fechando alguma grande via da cidade. O lema é: mais bicicletas e menos carros.

Vicari, além de considerar o movimento um “caos”, compara os manifestantes aos “rebeldes sem causa” e julga de “imobilidade urbana” tal ato.

O contra-ataque veio logo. No Twitter e Facebook os participantes da Bicicletada saíram em defesa do evento e alegaram que Bruno Vicari vê a bicicleta apenas como modalidade esportiva e não apóia seu uso como meio de transporte alternativo.

E você, o que acha disso? Manifestações como esta tumultuam o trânsito? Qual seria a melhor forma de reivindicar mais espaço para as bikes nas ruas?

3 comentários:

  1. O brasileiro esqueceu como conseguiu suas maiores vitórias: nas ruas famílias inteiras, jovens, pessoas de todos os grupos raciais e econômicos com gritos, faixas, idéias, irreverência (coisa de brasileiro) e um leve tom de baderna. A bicicletada não é como as manifestações de hoje, quase sempre bancadas por interesses econômicos ou as vezes até com dinheiro público (MST e outros). A bicicletada une pessoas de todas as idades, a maioria é jovem, credos e raças. Não tem líderes. Luta por algo tão simples mas que o grande interesse econômico não aceita pois o coloca em xeque. Infelizmente estamos tão presos à essa teia de interesses que a maioria não percebe. Já que estão todos na teia, errado é quem tem idéias e luta pela liberdade. NÂO!!! Sou, livre, percebo, penso, critico e PEDALO. Sou novo na Bicicletada apesar de minha idade. Continuarei. Temos que retomar nosso exercício de cidadania, hoje, se muito, exercido apenas pelo voto. MUDA BRASIL! VIVA a BICICLETADA!

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  2. Nunca participei de uma Bicicletada, mas em todos os vídeos que vi, vias como a Paulista NÃO ESTAVAM totalmente bloqueadas. Além disso, se o espaço não estivesse tomado por bicicletas, estaria por carros. Então não entendo qual o grande problema - pq a via pode ficar 'interrompida' por carros e beleza, mas se for por outros veículos é 'baderna'?

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  3. É importante não misturar as coisas.
    Assim como tem muito esportista adepto do transporte não-motorizado, também se encontram por aí muitos ciclistas que são radicais na defesa do modelo "ruas são para os carros".
    Gente que apóia a segregação do trânsito e que treina com bicicletas caras unicamente em vias "adequadas para isso".
    É chocante perceber que, muitas vezes, esses atletas demonstram desprezo pela bicicleta do cidadão comum, que não é de alta performance, e que se destina, em grande parte do mundo civilizado, a transportar pessoas com baixo impacto ambiental e benefício à saúde.
    Sabendo disso não me causou surpresa a postura desse indivíduo, que particularmente considera o carro imprescindível até mesmo para ir treinar de bicicleta na USP. Para ele, o uso do carro é um direito inalienável [e não uma concessão] e questionar tal situação causa um incômodo grande, a ponto de motivar o post e as argumentações que se seguiram.
    Manifestações como a bicicletada ou como qualquer aglomeração pacífica são um valioso meio de transformação social, e considero impensável discutir a proibição das mesmas. Elas podem causar incômodo a alguns, mas são muito menos prejudiciais para o coletivo do que a arbitrariedade de um Estado autoritário. Por que razão estar inconformado com a situação das nossas cidades seria rebeldia sem causa?
    E, finalmente, chamar a bicicletada de "imobilidade" demonstra uma grande ignorância a respeito dos grandes problemas urbanos.
    Vá hoje à Avenida Paulista ou à 23 de Maio, e verá o que é imobilidade urbana.... causada por carros.

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